quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

(2) HISTÓRIA DA MEDICINA

No curso dos séculos, junto aos povos que habitavam a Europa, notadamente as regiões mediterrâneas, os “curadores” tinham ciência de que as enfermidades eram causadas por distúrbios que, ainda que se manifestassem no corpo físico, por terem origem em aspectos atrelados ao egocentrismo, ao meio-ambiente ou, ainda, entalhados por emoções conflitantes, ocorrências indesejáveis ou influências de caráter moral, social ou religioso, provinham da mente.Estes indivíduos, por meio de rituais e cerimônias obravam na mente do enfermo objetivando o controle da ansiedade que é o componente mais devastador de quaisquer doenças. O escopo era estimular a faculdade de reação que o organismo humano possui a fim de lhe permitir curar a si mesmo.Hoje, esta concepção de cura, com ênfase no mundo ocidental, implica na aceitação de um sem número de considerações que transcendem o conceito cartesiano. Por esta razão são dificilmente compreensíveis pela medicina oficial e por todos aqueles que compartilham o paradigma que a rege. Todavia, em seus primórdios esta medicina valeu-se de inúmeras técnicas destes curadores, conhecimentos que no tempo, mesmo se foram desenvolvidos a partir de fundamentos inexatos, multiplicaram-se através de estudos, pesquisas e experimentações.Seus preceitos de cura, no entanto, mesmo se considerados oficiais nos países do Ocidente, não são os únicos, visto que há um pluralismo deles, incluindo os holísticos, aos qual a sociedade contemporânea recorre cada vez mais freqüentemente. Mas cuidado, porque este pluralismo não é um fenômeno hodierno, já que na medicina do velho Egito, por exemplo, mesmo se por um lado era baseada em conceitos hoje ditos sem caráter científico, havia muitas concepções biológicas, conhecimento de quadros clínicos e de farmacologia - ciência que era transmitida de geração para geração através de livros sagrados só a um pequeno número de sacerdotes, pois no papiro de Ebers, para exemplificar, são relacionados 500 diversos medicamentos do tipo pós, chás, cozidos, comprimidos etc. Além disso, há provas que crânios eram perfurados para curar enfermidades no cérebro, que dentes eram substituídos por outros de origem animal e que braços e pernas destroçados em batalhas, além de outros graves ferimentos, eram reconstruídos e suas feridas cicatrizadas.Há documentos que confirmam que a medicina Egípcia, assim como a Hindu antes dela, era uma atividade sacerdotal, portanto entrelaçada a crenças religiosas e praticas mágicas, pois havia a convicção que a maior parte das enfermidades tinha origem espiritual. Isto era praticado pelos Babilônios e Egípcios entre o III e II milênio a.C.Contemporaneamente, nos antigos povos celtas, que viviam naquelas regiões cobertas por bosques e florestas, quer dizer, completamente submergidas na natureza, havia os Druidas, os que curavam através de plantas medicinais, poções mágicas, ventos, lagos, cascatas e pela ação de espíritos e energias misteriosas - dádivas oferecidas pela mãe terra.Concomitantemente, entre os povos não budistas das regiões asiáticas e árticas - especialmente da Sibéria, existiam os Xámas (palavra que vem do russo tungue saman que corresponde a práticas de cura). O Xamanismo é sinônimo de uma vasta gama de crenças e práticas que compreendem a capacidade de diagnosticar e curar enfermidades além de todos os demais problemas que afetam o homem no seu relacionamento com a sociedade. Sua origem, mesmo se continua sendo uma realidade até hoje, se perde no longínquo pretérito, e o Xáma é aquele indivíduo que consegue entrar em contato com o mundo dos espíritos e deles obter não somente os diagnósticos das doenças, mas também o que fazer para curá-las. O Xamanismo entende que o ser humano integra um sistema onde cada enfermidade é conseqüência de uma desarmonia em seus domínios psíquicos, isto é, espirituais.A maioria destes povos, nos séculos, ao passar a integrar o império romano, lhe enriqueceu a cultura. A medicina, através de Galeno de Pergamo e Hipocrates, foi uma de suas muitas faces.Hipócrates, que é considerado até hoje o pai da medicina, era um asclepíade, isto é, um membro de uma família que durante gerações curara enfermos praticando a medicina de Asclépio, ou seja, Esculápio em romano.Nascido numa ilha grega, mesmo se as informações a respeito de suas viagens não são muitas, antes de fazer seu famoso juramento viajou não só pela Grécia, mas também pelo Oriente.É chamado o pai da medicina porque em suas obras há inúmeras descrições clínicas que permitem diagnosticar doenças como a malária, papeira, pneumonia, tuberculose e outras. E para ele, ainda, mantendo vivas as concepções de Esculápio, muitas epidemias se deviam a fatores mentais, climáticos, raciais, dietéticos e ao meio ambiente onde as pessoas viviam.Muitos de seus comentários, nos “Aforismos” (uma de suas obras), são válidos ainda hoje. Além disso, seus escritos sobre anatomia contêm descrições claras tanto sobre instrumentos de dissecação como a respeito de procedimentos práticos.No após queda do império Romano o mundo assistiu a decadência da medicina, e quando mais tarde, por volta do XIII século, apareceram às epidemias como a peste negra, elas ceifaram milhares e milhares de vidas.Simultaneamente, com a mesma celeridade que se perdiam os conhecimentos instituídos por Hipócrates, outros surgiam, Eram os do Cristianismo, que considerava Jesus um médico do corpo e da alma, pois os Evangelhos relatam que Ele e os apóstolos curavam doentes proferindo aos que eram curados que fora sua fé a salvá-los.Por conseguinte, como a medicina passou a ser considerada uma responsabilidade religiosa, os problemas de saúde eram tratados com preces, imposição das mãos e óleo santo. Um misticismo semelhante ao que há milênios era praticado no Oriente. Este conceito prosseguiu até que os homens se engajaram naquele movimento que veio a ser chamado iluminismo.Coube ao filosofo alemão lmmanuel Kant, (1724-1804) definir que o iluminismo era o estado em que o homem passara a ter a liberdade de se valer de sua própria razão, seu intelecto, para se libertar daquela condição em que era obrigado a aceitar os dogmas da igreja. Isso, diz Kant, o obrigou igualmente a criar a coragem para fazer uso da própria inteligência e, por conseguinte, a tomar suas próprias decisões, deixando, desse modo, de se deixar guiar pelo parecer dos outros.Foi este momento que propiciou á ciência separar-se definitivamente da religião e iniciar as pesquisas que a tornaram a instituição que é hoje. O resultado, entretanto, é que, mesmo se é representada por ateus, e, ao invés de ser preventiva, permite que anualmente laboratórios fature bilhões, a cabeça da grande maioria dos paciente continua crendo que é Deus que cura.

(7) O CANCÊR QUE SE CURA SOZINHO

A opinião de um número cada vez mais expressivo de pesquisadores, dentre eles psiquiatras e terapeutas, pode ser conhecida ouvindo a psicóloga americana Loise L. Hay, porque ela, como muitos outros, afirma que todas as doenças são criadas por nós mesmos. Em verdade, ela diz que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece ao nosso organismo.Louise afirma que todos produzimos o que nos afeta, seja no bem como no mal, através dos nossos pensamentos e das sensações que eles provocam. E quando produzimos o mal jamais assumimos que é devido as nossas frustrações, vez que preferimos atribuir à culpa aos outros.Nossa existência, diz a psicóloga, nada mais é do que o reflexo do estado da nossa mente. Desse modo, enquanto ela se mantém em paz, em harmonia e, portanto, equilibrada, permanecemos saudáveis. Quando não, surgem as doenças.Todas as moléstias assevera Hay, têm origem em um estado de não-perdão. Assim sendo, sempre que estamos doentes necessitamos descobrir a quem ou o que precisamos perdoar. Infelizmente a maioria das vezes precisamos perdoar a nos mesmos.Quando estamos em dificuldades, parecendo que tudo ao nosso redor esta ruindo, é porque precisamos perdoar mais, porque o pesar, a tristeza, a raiva, o desejo de vingança etc. são sentimentos que vem de um espaço onde não houve perdão. Acreditem, o perdão é o melhor remédio do mundo porque dissolve quaisquer ressentimentos.Loise L. Hay é terapeuta metafísica e autora de 15 best-sellers mundiais, entre eles “você pode se curar mudando seu modo de pensar”, o livro que vendeu mais de 4 milhões de cópias.Sua notoriedade teve inicio quando desmentiu a ciência médica quando esta, devido a um câncer que grassava em seu organismo, afirmou que só lhe restavam alguns meses de vida.Loise, convencida de que o câncer, como as demais doenças, só abrolha nos desequilíbrios causados pelas inúmeras formas de mal-estares, frustrações, amarguras, ódios e raivas reprimidas, isto é, naquelas tensões emocionais só passiveis de serem descarregadas, na indisponibilidade de outros meios, por meio da paz interior que surge após perdoar, enfrentou e venceu o câncer que se alastrava em seu organismo, aplicando em si mesma as técnicas que posteriormente passou a expor e defender em suas palestras e livros.Perdoar? Mas a quem? Cada caso é um caso, todavia, com certeza algumas pessoas têm que “perdoar” Deus, porque alguém que lhe era caro morreu ou pela enfermidade ou invalidez que as atingiu.Perdoar a quem discorda de seus pontos de vista, ou a quem por divergência de interesses se divorcia.Perdoar aos que pela razão que for às odeia, ou aos que acreditam sejam a causa da desventura que as acompanha.Perdoar a quem as demitiu ou injuriou, ou ainda a si mesmas pelas atitudes que adotaram e que as induziu a cometer ações cuja conseqüência no tempo se tornou intolerável.
Pesquisadores que se ocupam com o câncer sabem que em alguns casos estas enfermidades desaparecem espontaneamente, pois constataram que casos de melanoma, tumores renais e até o neuroblastoma, um câncer raro que agride crianças, se curaram sozinhos, quer dizer, sem nenhuma terapia. Entretanto, estes casos foram sempre desprezados.Hoje, todavia, um estudo de pesquisadores noruegueses publicado no “Archives of Internal Medicine”, demonstra que às vezes até cânceres invasivos podem desaparecer por si só...E que isso acontece mais vezes do que se imagina.A pesquisa foi conduzida pelo Dr. H. Gilbert Welch da Dartmouth Medical School, em Vermont, pelo D. Per-Henrik Zahl do Norwegian Institute of Public Health, e pelo Dr. Jan Maehlen do Ulleval University Hospital de Oslo, comparando dois grupos de mulheres entre os 50 e 64 anos ao longo de dois períodos consecutivos de seis anos.Um dos grupos, totalizando 109.784 mulheres, foi mantido sob observação de 1992 até 1997, mas foi submetido a mamografias somente em 1966 e 1967, enquanto o outro, de 119.472 mulheres, acompanhado de 1966 até 2001, submeteu-se regularmente a mamografias.Entre as mulheres que se submeteram regularmente á mamografias a pesquisa indicou que entre elas houve uma incidência de 22% a mais de tumores, pois 1.909 delas apresentaram câncer invasivo, enquanto dentre as que se sujeitaram a exames só em 1.966 e 1.967, o número de tumores foi de 1.564.Por que a diferença a menor de 345 mulheres? Várias hipóteses foram examinadas, isto é, do uso de hormônios na menopausa á qualidade dos mamógrafos. A única que se manteve de pé é que estas 345 mulheres, ou um número muito próximo disto, tiveram um câncer de mama que se curou sozinho.O Dr. H. Gilbert Welch, em seu livro “Será que devo fazer exames de câncer? Talvez não, e aqui está o porquê” (Should I Bi Tested for Câncer? Maybe Not and Here´s Why). Welch diz que quem procura acha e, ao achar, acaba se preocupando com aquilo que talvez não devesse.Outro pesquisador, o Dr. Gershom Zajicek, professor de Medicina Experimental da Faculdade Hebraica de Jerusalém que há 30 anos estuda novos tratamentos para o câncer, em editorial publicado no “The Câncer Journal” disse que suas pesquisas o levaram a concluir que existe uma “sabedoria do corpo”, Sabedoria que mantem o funcionamento dos processos fisiológicos sem que se saiba conscientemente como isso acontece.Esclarece que a medicina cientifica que surgiu a partir do século 19 abandonou conceitos fundamentais sobre a saúde que permanecem presentes nas terapias alternativas e alega que o “efeito placebo” é uma demonstração de que é possível usar essa “sabedoria” com fins terapêuticos. Diz: ”Nossa ciência tem uma visão mecanicista do corpo que nunca vai conseguir derrotar o câncer, vez que cansei de fazer experimentos bem sucedidos em laboratório que não se reproduziam nos pacientes”.
Sabedoria do corpo? Homeoestase, claro.
Homeostase é um termo que foi cunhado em 1932 por Walter Cannon Bradford (1871 -1945) a partir do grego “homeo”(similar) e “stasi”(estático), um fisiologista e médico americano nascido em Prairie du Chien - Wisconsin, e conhecido por uma série de investigações experimentais no processo de digestão, no sistema nervoso e nos mecanismos que regulam o corpo.Formou-se em medicina na Harvard University, onde se tornou professor de fisiologia e serviu como chefe do departamento de fisiologia de 1906 a 1942. Em 1896 iniciou suas investigações e, um ano depois do físico alemão Wilhelm Roentgen descobrir os raios X, os utilizou para observar o processo de digestão animal em laboratório. Usando um instrumento chamado fluoroscope, observou as transformações sofridas pelos alimentos através do corpo e, empregando principalmente meios cirúrgicos e químicos, pesquisou a respeito do comportamento do coração, do sistema nervoso e da glândula adrenal nas circunstâncias não naturais como medo, perigo, trauma etc. Cannon, ainda, foi Presidente da American Physiological Society de 1914 a 1916 e ao longo da sua vida escreveu vários livros sobre medicina.O corpo humano é composto por vários sistemas e orgãos - cada um constituído por milhões de células, células estas que necessitam serem mantidas estáveis para, trabalhando em consonância com suas obrigações, garantirem a cada indivíduo uma vida saudável.Segundo a teoria celular, as células são microscopicos cubículos nos quais acontecem reações vitais, sendo que do ponto de vista químico, a vida só existe devido a um sem número de reações precisas e ordenadas que consentem que haja a passagem de energias de uma célula para outra. Homeostase, assim sendo, é o nome que é atribuído ao “equilíbrio” que garante que cada célula prossiga trabalhando no seu padrão ideal para que as reações mencionadas permaneçam constantes.O termo Homeostase - ratificando - é empregado para indicar o “sistema funcional ideal” que auto-gerencía não somente homens e animais, mas todos e quaisquer “espaços in natura” (de um oasis no deserto à floresta Amazonica, por exemplo, assim como o planeta Terra e demais corpos celestes), com a propriedade, consequentemente, de manter estável a condição de “vida” de cada um. De que forma? Ajustando, sempre que forçoso (mediante os múltiplos possíveis ajustes dos equilibrios dinâmicos), cada um destes “ambientes” de modo a lhe garantir, pelo tempo que as leis da natureza permitem, as condições ideais.

SER SAUDÁVEL DE ACORDO COM A O.M.S.

Ser saudável, de acordo com a conceituação da Organização Mundial da Saúde, não significa somente não estar enfermo durante um período da vida, quer dizer, não sofrer, pelo tempo que for de nenhuma enfermidade. Mas estar e se conservar psicossomaticamente harmonizado, isto é, manter-se de continuo naquela condição onde os domínios psíquicos (alma ou espírito de acordo com os dicionários) permanecem inteiramente conciliados com os domínios somáticos, quer dizer, com a constituição física.Carece lembrar, todavia, que a integral aquiescência entre estes domínios só é factível quando a pessoa, por ser esclarecida, entende que de contínuo precisa se conservar em total ajuste com as dualidades da vida, para ser mais claro, com os opostos de cada uma delas, porque são estas ocorrências que a golpeiam até mortalmente quando se obstina em não aceitá-las.O que são os opostos? Morrer é o de nascer. A enfermidade ou invalidez, da saúde. A discórdia, da harmonia. Os quefazeres compelidos, dos voluntários gratificantes. O divorcio da comunhão de interesses. A obrigação de ter que cuidar de familiares gravemente enfermos, do regozijo da confraternização mutua. A solidão, do júbilo de conviver entre amigos. A tristeza, da alegria. O ódio, do amor. A pobreza, da opulência. O desemprego, do trabalho. A desdita, da ventura e assim por diante.Em verdade, só os que se instruem para conviver pacificamente também com as ocorrências que via de regra contrariam, auferem a faculdade de gozar de modo pleno o bem-estar físico, mental e psicológico, aquele estado que consente estar e permanecer de todo saudável permanentemente.Devemos entender, então - mesmo se ainda são raros os médicos que rezam nesta cartilha, que a maioria das moléstias só eclodem (inicialmente na psique e em seguida no corpo físico) desde que um determinado fator indutivo esteja presente. Aquele que só se manifesta quando as emoções impulsivas - as que surgem a partir da não aceitação de eventos indesejáveis causam inquietações nos domínios psíquicos. Quer dizer, quando as pressões sofridas por não haver tolerância ao antagônico, ou seja, quando as expectativas que cada um institui não se realizam, levam as pessoas a emoções cujos pensamentos, ao se decomporem em fluidos enfermiços, provocam transtornos dificilmente controláveis.Emoções? Claro, porque são elas que afetam a psique, em outras palavras, a mente, a estrutura que gerencia o sistema sensorial, o que constrói e finaliza os sentidos e em função destes as atitudes que são adotadas consciente ou inconscientemente. Aquilo que a medicina chama “sistema nervoso” porque monitora e coordena a atividade dos músculos, dos movimentos, do estado e operacionalidade dos órgãos e tudo o mais no organismo humano.A mente, isto é, os domínios psíquicos, a que gerencia o sistema sensorial, é confundida pela ciência médica com o cerne do sistema nervoso. Claro, porque o que acontece nela, após ser decomposto pelo cérebro em hormônios, e estes se espraiarem no organismo através da coluna vertebral, nervos, tecidos e corrente sanguínea, causam as chamadas enfermidades neurológicas.Estas, como sabemos, iniciam com enxaquecas e, passando pelas moléstias que causam as mais variadas dores, por acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cerebrais, neuro-infecções, escleroses etc., findam nas demências. Só estas doenças, segundo a Organização Mundial da Saúde, afetam mais de um bilhão de pessoas no mundo.

(8) PROCEDIMENTOS DE CURA NA GRÉCIA ANTIGA

Em Epidauro, uma cidade da Argólida, Grécia, as margens do Mar Egeu, no IV século a.C. os enfermos eram trados no Santuário erigido a Asclépio, o deus da Medicina (Esculápio na mitologia romana).O de Epidauro, célebre pelo seu teatro ao ar livre, vez que no seu tempo possuía uma acústica perfeita - na época um dos maiores (havia em Cnidos, Cós, Atenas, Cirene e Pérgamo), foi, por milênios, a Meca da medicina. Somente perdeu seu status após ser destruído por um terremoto durante o domínio romano.Nele, como nos demais - comumente erguidos ao redor de fontes circundadas por bosques, os rituais de curas realizavam-se em varias fases. Primeiramente os enfermos eram submetendo a jejuns e banhos, e após isso, para recuperar o equilíbrio, ouviam recitais de poesias, cânticos e ainda sons melódicos. Por fim, durante o sono causado por poções mágicas, eram curados.

(9) NOSSA METODOLOGIA DE CURA

A metodologia por nos empregada inicialmente assume a tarefa de esclarecer porque o homem, nos dias atuais, vive em permanente desequilíbrio psíquico. Refiro-me aos dias atuais porque nem sempre o ser humano, para participar da sociedade, teve que se submeter à compulsão de possuir e usufruir, quase de imediato, do tudo que é produzido nos quatro cantos do mundo. Por que? Porque para aquiescer a este consumismo exacerbado há regras, e estas determinam que a renda do indivíduo, ou grupo, no caso de uma família, seja crescente ou como mínimo estável. Situação que em um mercado que é cada vez mais competitivo às vezes chega a ser uma heresia. Como evitar, então, que as ocorrências negativas, as que impedem que nossos desejos ou expectativas se realizem não nós desestabilizem (stress), porque para viver em paz conosco mesmo necessitamos conviver harmoniosamente também com elas. Apreendendo a driblar o stres, claro. Acessar (Driblandostress.blogspot.com).Em seguida, ouvindo mantras, levamos o paciente a um estado letárgico e eliminamos as as influências espirituais que o escravizam. Em seguída, suprimimos de seu inconsciente as emoções negativas que carrega, isto é, ansiedades, amarguras, raivas, desgostos e as que redundam da sua intolerância e teimosia em não perdoar. Logo, o induzimos a ter paz e alegria em sua alma.Finalmente, considerando que vendo enfermos de imediato temos o diagnóstico de suas doenças e a ciência do que fazer para curá-las, sanamos seus males.
Há impedimentos? Claro, mas somente os que são impostos pelo Karma de cada indivíduo. Desse modo o sucesso é pleno em 95% dos casos.Para concluir, após reconduzir aos padrões vibratórios adequados, através de sons de taças tibetanas, as energias das sete províncias de seu corpo psíquico (este age sobre o físico), o enfermo é desperto.

(4) ANSIEDADE

A angústia é um sentimento de ansiedade e apreensão cujo termo originalmente foi empregado por Soren Kierkegaard, filosofo e teólogo dinamarquês (1813-1855), na sua obra “Conceitos de Angústia”.Nela, ele identifica a angústia como condição preliminar da essência humana, condição essa que emergiria sempre que o homem se encontra diante de uma escolha. Destarte, frente à infinidade delas, inúmeras vezes ele se torna refém da angústia por estar ciente que, para cada possibilidade de acerto, há centenas de chances de não acertar. Para este filosofo a angústia estaria ligada a noção de que, diante de qualquer evento que exige uma decisão, como há sempre a possibilidade de errar, este erro pode trazer como conseqüência fatos ou situações que não deseja. Penúria, sofrimento, queda de status etc.Diferentemente do animal, que por ser desprovido de uma inteligência maior, na medida do razoável, vez que é incapaz de desenvolver expectativa, tem sua sobrevivência garantida por seus instintos, o homem, mesmo se dotado de razão, é abandonado a si mesmo. Isto é, cabe a ele, e tão somente a ele, decidir o que fazer diante dos eventos que permeiam sua vida, tendo como antecipadamente projetar que, se erra, pode ser forçado a enfrentar conseqüências perigosas ou até lesivas à sua existência. Assim sendo, pelo fato de que cada um participa da mesma condição diante do ato de escolher, a angústia é necessariamente um fundamento inalienável da existência humana.Atualmente a tendência é definir a angústia como uma noção de frustração e mal-estar, um sofrimento psicológico que pode degenerar em diversas patologias.A ansiedade, entretanto, mesmo se é considerada sinônimo da angústia, é caracterizada por uma sensação de medo, conseqüentemente insegurança, não ligada a nenhum simbolismo específico. Distingue-se do medo, assim como este é entendido, pelo fato de não ser especifica, indefinida ou derivada de um conflito anterior, e sua sinalização somática é uma hiper-atividade do sistema nervoso autônomo.A ansiedade, ainda, pode ser definida como uma complexa combinação de emoções negativas que incluem o medo, à apreensão e preocupação, e na maioria das vezes é acompanhada por disfunções físicas como a taquicardia, pressão no peito, respiração ofegante, náusea ou tremores internos.Pode provocar, ainda, além de outros problemas médicos ou psiquiátricos, distúrbios cerebrais primários como o estreitamento de vasos que, mesmo manifestando-se por dores de cabeça, em verdade, por delimitarem o fluxo do sangue, se responsabilizam por mini-derrames (espasmos cerebrais) como aquele que se manifesta quando a boca fica oblíqua com o sem formigamento ou a paralisia de uma face.A ansiedade, aparentemente (Seligman, Walker & Rosenhan, 2001) contém um componente cognitivo, um somático, um emocional e outro comportamental.O componente cognitivo seria acionado quando o indivíduo passa a temer que suas expectativas em relação ao futuro não se realizem porque diante de si há a possibilidade de enfrentar dificuldades financeiras, de status, bem-estar social, solidão ou saúde. Enfim, quando se acobarda diante de um perigo difuso e incerto, ou seja, que naquele momento não existe.Este receio, contudo, deveria se restringir àqueles que, por terem enfrentado situações que consideram humilhantes no passado, por não confiarem em si mesmos, temem que se repitam (o fator insegurança tão explorado pelos psicólogos). Entretanto, este temor é manifesto também pelos que sempre foram bem sucedidos, desde que, nos anos, não tenham conseguido amealhar um patrimônio que lhe garanta a manutenção do seu status até que seja necessário.Há autores, considerando estes aspectos, que afirmam que a ansiedade é um componente da dinâmica existencial da era moderna: sociedade industrial, competitividade, consumismo desenfreado e assim por diante. Dizem que a simples participação do indivíduo na sociedade contemporânea já preenche, por si só, o requisito suficiente para o surgimento da ansiedade. Por conseguinte, para eles, viver ansiosamente é a condição do homem moderno ou um destino ao qual, de alguma maneira, todos estamos atrelados.Do ponto de vista somático (segundo o paradigma cartesiano, claro, aquele enfoque mecanicista que transforma o homem em máquina) o corpo, por meio da homoestase, prepara o organismo para enfrentar a ameaça (reação de emergência): a pressão do sangue e a freqüência cardíaca aumentam, aumenta a sudoração assim como o fluxo sanguíneo rumo aos mais importantes grupos musculares. Em contra partida, devido á prioridade momentaneamente atribuída ao fluxo sanguíneo, o sistema imunológico bem como o digestivo perdem eficiência. Está explicador agora, porque a maioria dos angustiados (estressados) não fazendo a digestão, sofre de dores crônicas a grande maioria das vezes ocasionadas por gases.Enquanto isso, externamente, os sinais somáticos da ansiedade podem incluir a palidez, suor, tremor e dilatação das pupilas.Do ponto de vista emocional, a ansiedade causa a percepção de medo, pânico, náuseas, suores e calafrios. Enquanto que do comportamental podem se esperar procedimentos voluntários como involuntários dirigidos à fuga ou destinados a evitar a fonte de ansiedade.

(5) EMOÇÕES DESTRUTIVAS

Quando asseveramos que o único jeito de “driblar o stress” é acolher os eventos adversos do mesmo modo que o são os aprazíveis, isto é, gerenciando as emoções que lhe são pertinentes, queremos dizer que, ou nos disciplinamos para agir assim, ou todas às vezes que tivermos que nos defrontar com “alguma coisa ou situação” que pelos padrões que desenvolvemos “não é aceitável”, o choque emocional correspondente - além de “provocar um apagão na acuidade que nos é natural” (desarmonia da psique com as conseqüentes bizarrices próprias dos estressados), neutraliza os defensores do organismo (glóbulos brancos), favorecendo dessa maneira a proliferação dos agressores que sempre estão a espreita: bactérias, vírus etc.Jamais se deve abrir mão de gerenciar racionalmente as emoções, sejam elas despertadas por eventos felizes ou infelizes, porque em ambos os casos a penalização é a desdita.Ganhar 50 milhões na mega sena, por exemplo, e em seguida começar o dispêndio guiado tão somente pelos anseios retidos, isto é, sem planejar o que se deseja de fato, profissionalizando-se, quando é o caso, antes de começar a exercer a atividade escolhida, significa, como infelizmente é averiguado, perder em poucos anos os cinqüenta milhões recebidos. Por outro lado, enquanto a não administração do período pós-desemprego, por exemplo, pode até transformar um executivo em um dependente alcoólico, impedindo-o, por esse motivo, de ser reconduzido ao mesmo cargo em outra empresa, um planejamento ótimal das atividades que devem ser desenvolvidas nesta fase, pode levar o gerente demitido a exercer uma função de maior relevância em outra organização.Aceitação ou resignação estóica são conceituações que as classes que se julgam eruditas ridicularizam, por entenderem que se referem a uma capitulação final e irrestrita. Entretanto, diante da morte, por exemplo, ou de muitos outros casos semelhante aos mencionados, ser estóico equivale a não se estressar mesmo diante das circunstancias mais agressivas que vez ou outra embaraçam a existência.Aceitar uma derrota em “qualquer campo de batalha” pode ser uma inigualável estratégia para auferir do tempo necessário para se preparar para “ganhar a guerra”. Quantas vezes o perdedor de ontem é o vencedor do amanhã?Resignar-se tem o mesmo significado, visto que é freqüentemente inteligível recorrer a esta pratica quando “a situação que for” naquele momento é invencível, é tanto ruim como imutável, ou ainda quando o “preço da mudança” é impagável.Em tratamentos psicoterapeuticos, no entanto, o contrário é possível, porque para que a terapia tenha sucesso, pode ser necessário que o paciente tenha que aceitar circunstâncias ou atitudes pessoais que repudia, sejam elas quais forem. Ao mesmo tempo, o psicoterapeuta pode exigir do paciente a diminuição da sua resignação em relação a certos aspectos, se considera que é tolerante ou submisso demais em relação a eles.Noções de aceitação são proeminentes em muitas religiões, especialmente as cristãs. Os Hinduístas e Budistas, por exemplo, convidam a aceitar o sofrimento como parte integrante da vida, porque sofrer é sinônimo de espiar os desacertos das vidas passadas.A mesma coisa é ensinada pelo Kardecismo, sendo que este afiança, ainda, que o planeta Terra (conseqüentemente todos os que nele habitam), se encontra no seu segundo ciclo, a fase de expiações e provas, aguardando o fim do III milênio para evoluir para o terceiro período que é o de regeneração. Uma nova etapa, considerando que neste orbe só permanecerão aqueles que o merecerem, em outras palavras, que tiverem se esforçado para crescer moral e espiritualmente como a fase de regeneração requer. Este novo “clima”, em relação ao atual, não incluirá as penúrias hoje existentes.As três doutrinas dizem textualmente que o homem não se deve “revoltar” diante das agruras que permeiam sua vida, porque estas são ditadas pelas obras que foram praticadas ao longo das vidas passadas. Entendamos, não pregam que as “agruras devam ser aceitas resignadamente porque fazem parte do destino que é imutável”. Ao contrário, esclarecem que diante destas o homem não deve se revoltar, amargurar ou perturbar, porque se assim fizer perde sua capacidade de continuar racional, de usar sua inteligência para, continuando a fazer da melhor forma possível sua parte, se manter habilitado a percorrer os caminhos disponíveis para atingir suas metas. Veremos posteriormente que estes conceitos também eram defendidos pelos Estóicos. Sêneca, por exemplo.O que isso tudo tem a ver com o stress? Vamos, então, ao caso daquela senhora que, vendo o filho perder a visão gritou: “não aceito que meu filho fique cego”. Seu brado foi o reflexo de seus instintos, como sabemos, os primeiros movimentos que impulsionam homens e animais em seus procedimentos. Uma ação automática e irrefletida - irracional, portanto, na qual o homem que é dotado da razão, abdica integralmente dela para se comportar como faz seu primo o chimpanzé.Mesmo assim, as atividades que escoltaram o “não aceito” dessa mãe foram assaz louváveis, porque mesmo perturbada arregaçou as mangas e com seu esforço superou obstáculos e realizou coisas que até então nenhuma outra mãe, diante de enunciado idêntico, havia conseguido. Sua perturbação, entretanto, conseqüência do embargo psíquico, a prejudicou e continua prejudicando-a de múltiplas formas.O que desejamos deixar claro é que o ser humano, por ainda não ter entendido que as emoções, se não controladas, abalam sua mente (psique), e que este abalo, se duradouro, acaba por afetar, às vezes até irreversivelmente os órgãos do soma (enfermidades psicossomáticas), toda vez que é contrafeito, ao invés de preservar a racionalidade, que lhe permitiria enfrentar e superar as dificuldades que o atingem, não o faz, e assim procedendo, adoece e até morre.Todos já ouviram histórias como “Fulano envelheceu depois da morte do filho” ou “Sicrano ficou de cabelos brancos quando cuidou do pai no hospital”. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos, acaba de demonstrar que há verdade por trás destes clichês. O estudo comprova pela primeira vez que o stress acelera o envelhecimento. Além disso, a pesquisa indica a influência direta do estado psicológico sobre a longevidade das células do organismo. Pessoas que tem uma percepção elevada do próprio stress envelhecem mais rapidamente. “Existem certas formas de” pensar “que contribuem para o stress – a idéia, por exemplo, de que os problemas com que lidamos são insolúveis”, diz a psicóloga Elissa Epel, uma das coordenadoras do estudo.Elissa e sua equipe examinaram 58 mães de 20 a 50 anos, 39 das quais cuidavam de filhos com autismo, paralisia cerebral ou outras deficiências. Os cientistas analisaram o grau de “envelhecimento de células do sistema imunológico” dessas mulheres. O principal indicador do envelhecimento celular é uma seção na ponta do cromossomo – as fitas de DNA que guardam nosso material genético – chamada telômero.Trata-se de uma espécie de tampa bioquímica, que tem a função de manter a integridade de DNA, impedindo que a molécula se desfaça. Cada vez que uma célula se divide o telômero fica um pouco menor, até atingir um ponto crítico. A partir daí, a célula não se reproduz mais e acaba morrendo. O telômero, portanto, é um indicador de idade celular. Ao mostrar que o stress encurta prematuramente os telômeros, a pesquisa indicou uma relação entre ele e o envelhecimento.A pesquisa comprovou que o desgaste de prestar cuidados intensivos a um filho cobra seu preço. A diminuição dos telômeros foi mais acelerada nas mulheres que cuidavam de filhos deficientes. Testes psicológicos revelaram que o modo como essas mulheres encaravam seus problemas também desempenhava um papel. A idade celular daquelas que se percebiam como tendo altos níveis de stress chegou a ser dez anos superior a das mulheres da mesma idade com baixos níveis de stress.Além do comprimento do telômero, a pesquisa mediu níveis de telomerase – uma enzima que tem a função de restaurar as perdas do telômero – e de radicais livres, substâncias que danificam tecidos celulares, intensificando o envelhecimento. Os resultados foram consistentes: mulheres mais estressadas apresentaram níveis mais baixos de telomerase e mais altos de radicais livres. A pesquisa deixa uma lição básica: paz de espírito ajuda a retardar a velhice. “Muitos gostariam de ter uma pílula mágica, mas o modo mais efetivo de reduzir o stress está em mudanças no estilo de vida”, diz Elissa Epel. A pesquisadora recomenda relaxamento e alimentação equilibrada para combater o stress. E uma atitude mais serena diante de aspectos da vida sobre os quais não se tem controle.

(3) A MOLÉSTIA DO SÉCULO

O humor, no não estressado, é aquele estado emocional que colora sua existência com o pincel da alegria e a tinta da aquiescência, porque, independente do que acontece ao seu redor, mantém a visão de que viver é uma grande dádiva, mesmo se vez ou outra, no âmbito de um único dia, pode passar de uma fase elevada (acorda de manhã e, ao abrir a janela, independentemente de fazer sol ou chuva, frio ou calor, como os passaros, cantarolando agradece a jornada que se inicia. E a seguir, suplantados as tarefas matinais, otimista, parte ditoso rumo as responsabilidades do dia repleto de fidúcia e confiança em si mesmo, e por assim ser, não da a mínima para os transtornos do transito causados pelos afobados de todas as horas, ou pelos infindáveis congestionamentos dos dias chuvosos, porque da sua harmonia interior emana a paciencia e a tolerancia que o imunizam diante da maioria dos desapontamentos), para uma de baixo-astral (onde prevalece a tristeza e com ela a dificuldade de prosseguir quando diante de responsabilidades complexas). Nesse caso, entretanto, a tristeza é uma fase breve de abatimento fisiológico que vez ou outra surge quando diante de desafios mais complexos, que se esgota em si mesma, porém, na medida em que sua criatividade define soluções.No estressado, o estado do humor se caracteriza-se por um acentuado e constante baixo-astral, que não somente se prolonga no tempo, mas que ocupa espaços cada vez mais amplos em sua personalidade.O que caracteríza o estressado, ainda, é a perda de seus interesses pessoais, a incapacidade de se satisfazer mesmo diante de ocorrências que o beneficiam, e a falta de vontade para enfrentar o cotidiano.Além disso, devido a uma sensação de indiferença, isto é, descomprometimento afetivo, começa a se isolar progressivamente dos colegas de trabalho, de seus amigos pessoais e até da esposa e filhos se os tiver.As demais facetas incuem não mais valorizar seu aspecto pessoal e higiene. Seu vulto ostenta tensão, irrita-se com facilidade, sofre de ansiedade, dores, de pensamentos negativos. Sente comiseração por si mesmo, tem crise de choro e padece de sensação de culpa como se tivesse cometido erros irreparáveis. Fala com voz baixa e lamentosa, cansa-se facilmente e perde o apetite, o desejo sexual e o sono.Nas fases mais avançadas, pode adquirir manias como o jogo de azar, a aquisição descontrolada de quaisquer objetos, ou até sofrer de constante carência de sexo ou de irrefreável voracidade.O indivíduo chega a essa fase porque quando seu humor começou a ser contagiado pelo stress, não se deu conta que estava recebendo uma mensagem de si mesmo, um sinal (assim como acontece com uma dor) indicando que era o momento de começar a “pegar mais leve” ou de repensar sua vida.Caso de João e Alfredo.João, irritado por estar atrasado para um compromisso, tentando minimizar o prejuízo, imprimia ao seu veículo uma velocidade além daquela permitida em área urbana. Na sua frente, Alfredo, por não conhecer a região, a cada esquina diminuía a marcha para ler o nome da rua e, de guia na mão, tentava se situar.João, que já estava irritado, exasperando-se com as atitudes de Alfredo, começou a buzinar loucamente e insultá-lo.Ao perceber isso, Alfredo, também pavio curto, parou o carro e desceu para tirar satisfações.....Bem, o que teria imaginado João a respeito das atitudes do Alfredo? Tudo, menos à verdade. Mesmo assim, depois do incidente o nível de stress dos dois multiplicou-se exponencialmente.Caso da Mariana.Mariana, gerente de marketing de uma divisão de produtos de uma multinacional, assustada com a possibilidade de perder o emprego, somava desfavoravelmente o resultado não muito aplaudível da sua última campanha promocional. Preocupada com este fato, avaliava que seu diretor já não se relaciona com ela tão afavelmente como fazia.Convocada para uma reunião, apresentando-se ao diretor na hora aprazada, ouviu deste: Sinto, mas não vou poder atendê-la nesse momento vez que tenho ainda assuntos pendentes com o Fernando.Fernando, gerente de marketing de outra divisão, continuava expondo sua premissas, quando Mariana, ao fechar a porta, ouve o diretor perguntando: Fernando, você se sentiria confortável se lhe entregasse a responsabilidade de toda a operação!Mariana retornou à sua sala pensativa e logo seus olhos se marejaram de lágrimas. Aflita, pegou o carro e saiu para almoçar. Só que, perturbada, ao dirigir sem muita atenção, colidiu com outro veiculo. Machucada, é levada ao hospital, e seu nível de stress, agora maior, se incumbe de aumentar a pressão e degenerar seus sinais vitais.No dia seguinte, seu diretor e alguns colegas vão visitá-la, e ao se despedir para voltar ao trabalho, lhe diz: Mariana... Recupere-se logo porque estamos atrasados em relação ao planejamento da campanha que deverá se responsabilizar pelas vendas natalinas!As idéias que pairavam na mente da Mariana quando saiu para almoçar, podem ser imaginadas, mesmo assim estavam totalmente erradas. O acidente que sofreu por causa delas, no entanto, foi real, e lhe poderia ter causado danos físicos muito graves. Isso se deu porque, independentemente de vir ou não a ser demitida, ao invés de se comportar como um ser humano, racionalmente, portanto, agiu como um irracional.Caso do Manoel e Roberta.A estrutura do casamento mudou bastante nos últimos trinta anos. Antes, o matrimonio era uma força poderosa que combatia as tensões. Hoje, por ser comum marido e mulher trabalharem, os efeitos são antagônicos. Sim, se por um lado houve um aumento na renda familiar, do outro foram levadas para dentro do lar as pressões que acabaram desequilibrando os papéis tradicionalmente domésticos. Além disso, quando a esposa passou a ter peso igual nas decisões do lar, afloraram novas tensões.Manoel e Roberta havia quase um ano que não se falavam e muito menos partilhavam a mesma cama mesmo se permaneciam sob o mesmo teto. Havia entre os dois um acordo tácito, e este dizia respeito à separação.Causa:O marido, demitido há onze meses e ainda desempregado, para “amenizar a desonra” (segundo suas próprias palavras), passara a beber. Desonra, porque depois de tanto tempo, ele, além da casa, eram mantidos pela esposa, uma professora que para fazer frente à situação assumira em diferentes escolas uma carga horária que exigia, entre deslocamentos e aulas, que saísse de casa as cinco da manhã para só retornar 14 horas depois.Apesar do voluntariado da esposa a incompreensão deflagrara quando, após três meses sem ao menos uma entrevista apesar de ter enviado centenas de currículos, passou a acreditar, devido ao embaraço psicológico do momento, que se encontrava em um beco sem saída, isto é, que jamais conseguiria uma nova colocação com o salário que necessitava para fazer frente às despesas da família.Havia mais um agravante: a poupança (pouca, porque jamais haviam se preocupado em economizar) só garantiria o pagamento do imóvel adquirido por alguns meses. E o que aconteceria depois, assustava.Desempregado, sem maiores compromissos e querendo ajudar, passara a cuidar de algumas tarefas de casa e entre estas a cozinha. Desse modo, ao chegar em casa, a esposa encontrava a mesa posta... “Querido, como foi o teu dia?”, perguntava a mulher no decorrer do jantar. Esta pergunta, por algum tempo, teve respostas naturais pelo o marido. Logo, porém, cada vez mais estressado, principiou a ‘sentí-la” como uma cobrança... Está me cobrando o que?Não está vendo que faço o possível para encontrar um trabalho! A culpa não e minha se as empresas não estão admitindo ninguém! Em seguida, passando a beber mais, o alcóol se transformou em mais um desentendimento.É comum, em seqüência a desavenças nas quais com ou sem razão se percebe agredida, que a esposa passe a evitar o sexo. Foge do marido quando procurada, e, para evitar estes momentos, vai para cama tarde - depois que ele está durmindo, o mais cedo - fingindo estar em sono profundo quando ele deita. Outra medida comumente adotada é dormir no sofá na sala. Por conseguinte, a situação entre os dois ficou ainda mais tensa, porque, deixando de partilhar a cama, foi abandonado o único espaço que poderia amenizar as tensões.A esta altura, mesmo não dialogando entre si, cada um comunicou a seus familiares que iria se separar. Foi nessa altura dos acontecimentos que assumimos o compromisso de ajudar. Semanas após, entendendo a irracionalidade do seu comportamento, visto que o “braseiro” permanecia aceso, depois de dialogarmos por alguns dias, sugerimos ao casal um fim de semana em um hotel-fazenda.Na volta, reencontrada a harmonia e a serenidade que haviam perdido, ingredientes que também ajudaram o marido a encontrar um novo emprepo, depois que deixou a bebida, o carinho voltou a reinar entre os dois.CASO DA AVÓ DE 73 ANOSConhecemos uma avó com 73 anos que foi internada uma centena de vezes e teve que se submeter a 32 cirurgias, mesmo assim, seu estado de saúde permaneceu sempre lastimável. Este é o efeito. As causas: marido cardíaco, filhos separados e vivendo as turras com as ex-esposas por causa da pensão alimentar, netos semi-abandonados e entre eles um preso e outro jurado de morte devido ao seu envolvimento com o ilícito.Esta senhora, diante dos acontecimentos, após adentrar em um impasse (beco aparentemente sem saida) psicológico, a soleira através da qual ingressou em um período de vida “intranquila”, passou a somatizar, isto é, a desenvolver aquelas doenças que a induziram ao quadro clínico citado.Porque? Simples... Deixou a platéia na qual era “espectadora” (se tivesse continuado a sê-lo, isto é, se tivesse permanecido assistindo a “peça” como faria em um teatro, observando, analizando ou até criticando, mas sem poder intervir) e invadiu um “palco” que não era mais seu. Sim, depois que seus filhos se tornam adultos, o “script” materno ou paterno prescreve. Queiramos ou não, perde a validade.Decorrência: dentre todos os eventos negativos vivenciados pela família, o dela foi o mais grave.Depois que o jardineiro planta uma semente, só adubar, molhar ou oxigenar a terra para que como planta cresça forte e viçosa pode não ser suficiente...Em verdade, somente enquanto “seu caule é maleável pode ser corrigido se cresce torto”. Depois que se torna um tronco... Bem, se é o de uma arvore pode ser cortado. Mas...Só resta tolerar, perdoar, e estar pronto a estender as mãos quando houver uma solicitação. Se não há...Tentar ajudar, na melhor das hipóteses é tempo perdido. Na pior...As enfermidades daquela senhora.Como a sciencia esplica isso....Sob o estimulo de perturbações externas, o hipotálamo libera o CRH (Corticotropin Releasing Hormone) e endorfinas. O CRH estimula a hipófise, uma glândula do cérebro, e esta segrega o hormônio adrenocorticotropico (ACTH) que por sua vez estimula a secreção do cortisol (o hormônio do stress) por parte do córtex adrenal.O stress divide-se em três fases:Na primeira a hipertensão se manifesta pelo meio de um persistente estado de “alarme”, acompanhado por uma permanente sensação de perigo que faz com que o individuo se mantenha sempre na defensiva e pronto para agredir, situação esta que obriga o organismo a utilizar grande parte das suas energias.Na segunda constata-se um agravamento dos sintomas e o estado de “alarme” é substituído por um estado de “guerra” contra tudo e todos.Na terceira, sob o efeito do adrenocorticotropico, ou ACHT, um hormônio da família das endorfinas que é segregado em situações de stress, por não existir mais controle, o organismo passa a se desgastar por completo. Somatiza, isto é, o “soma” (corpo físico) afetado pela psique, Adoece.Esplicando melhor.Quando o indivíduo é agredido por um acontecimento “infeliz”, há uma reação hormonal no cerebro, atraves da hipófise, e as glândulas sopra-renais, ao se darem conta disso, liberam um hormonio. Esta segregação, atingindo o pancreas, neutraliza os glôbulos brancos, isto é, lhe impede de continuar exercendo sua missão que é defender o organismo contra as infecções. Em seguida, o sistema imunológico “avisa” o cérebro que foi “desativado”.Como a ciencia tenta curar isso? Com anti-depressivos. Em verdade, nas grandes cidades um indivíduo em cada grupo de dez toma antidepressivos, e quando uma mulher vai ao medico tem 30% de probabilidades de sair de seu consultório com uma receita desta droga. Mesmo assim, a enfermidade continua alastrando-se em termos exponenciais.As mais recentes manifestações a respeito, de acordo com um estudo desenvolvido nos EUA, dizem que a depressão está ligada a anomalia dos circuitos neuroniais no centro das emoções no cérebro, o que tornaria as pessoas depressivas frequentemente incapazes de controlar suas emoções por intermédio de esforço mental.Este estudo, que recorreu a uma tecnica de diagnóstico por imagem, demonstrou que, diante de situações de estresse, o cérebro das pessoas que sofrem de depressão grave reage de forma muito diferente das qua gozam de boa saúde mental.“Esperimentar sentimentos negativos frente a situações estressantes é normal” explica Tom Johnstone, pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de Wisconsin-Madison, e principal autor deste estudo que foi publicado no “Journal of Neuroscience” de 15 de agosto p.p.“A incapacidade de controlar as emoções negativas e de voltar a um estado normal, após uma experiência penosa, é uma característica das depressões” acrescenta.Mas, o estresse tem cura? "Seja mais superficial em sua vida", ensina Robert M. Sapolsky. O acadêmico norte-americano fala em tom de blague e de maneira simples, mas explica: como não há cura para o estresse, embora trabalhe com algumas possibilidades de terapia genética para atenuar os efeitos nocivos deste no cérebro, o negócio é ser ou pensar mais simples. Em outras palavras, como uma zebra.Como uma zebra? Sim, porque as zebras só se estressam quando na savana se vêem diante de um leão. Então, usando todas as suas forças, fogem. Só que, uma vez passado o perigo, cessa também o estresse. O problema do homem, explica Sapolsky, é que se estressa mesmo na ausência do “predador”. Esse é o conceito que exibe no seu livro mais conhecido publicado em 1994: "Why Zebras Don't Get Ulcers" (Por Que Zebras Não Têm Úlceras).Quantas vezes ouvimos alguém dizer “que dia maravilhoso!” Talvez nunca, ou então em ocasiões totalmente atípicas. Não obstante, literalmente falando, todos os dias são iguais chova ou faça sol. A única alteração possível de um dia para o outro é o nosso humor. Sendo assim, se sentimos a necessidade de externar um pensamento (quando não a sentimos estamos sendo tolerantes), qualquer que ele seja, ele sempre reflete a nossa harmonia ou o nosso caos interior. “Que dia maravilhoso” expressa felicidade, paz e plena harmonização com tudo o que nos rodeia. “Que horror, este tempo é insuportável”, ao contrário, demonstra o nosso mau humor “desequilíbrio”.Por conseguinte, quando ouvimos alguém emitir um comentário semelhante a este último, estejamos atentos. É um alarme que soa para informar que não devemos nos envolver em nenhuma contenda com ele, caso inverso, poderemos estar iniciando um grave desentendimento.O não estressado, racionalmente, quando necessita sair e há uma tempestade, aguarda que as nuvens lufadas pelo vento se afastem ou toma as precauções cabíveis para não se prejudicar. O estressado, irracionalmente, ao invés de dar um tempo, sem sopesar as conseqüências sai de qualquer jeito.As pessoas, quando não se “fortalecem mentalmente” para suportar o “peso” daquilo que não desejam, similarmente a uma estrutura que começa a ranger, dar pequenos e intermitentes estalos quando acima dela depositaram um peso que não foi projetada para suportar, começam a chiar, bufar, mesmo pelas causas mais banais: se planejavam o sol em um determinado fim de semana, porque desejavam lavar e secar o tapete da sala ou ir para a praia, e ao invés disso chove, além de ficarem profundamente apoquentadas, o desgaste é tanto que por alguns dias continuam imprecando vez que não conseguem “deglutir” o que aconteceu. E o desequilíbrio se agrava se na segunda feira faz tempo bom. Nesse caso, encontramos a dona de casa comentando com as amigas, revoltada, que o mau tempo lhe estragou o fim de semana, e que há muito tempo, todas as vezes que pensa ir á praia, chove. Enquanto o marido se deleita enunciando este descalabro entre os colegas de trabalho e a noite no bar, durante a paradinha que habitualmente faz para saborear a derradeira.Nessa “atmosfera”, como em qualquer outra produzida por eventos semelhantes, se o cachorro late, os canários cantam, ou o papagaio do vizinho fala, a tensão atinge níveis que provocam perigosas reações: chutar o cachorro, bater na gaiola com a vassoura ou gritar para o vizinho para que de jeito no papagaio porque “enche o saco”.O descontrole assim gerado não tem limite, e por não tê-lo – sem pensar nas conseqüências e no provável arrependimento posterior, os mais insignificantes desentendimentos dão origem a desenfreadas discussões, que tanto podem acontecer entre o marido e mulher, pais e filhos, no trânsito, na padaria, no supermercado ou onde estiverem. Nesse estado, as pessoas passam a exercer papéis não somente ridículos, mas incabíveis. Estes, entretanto, são somente os efeitos exteriorizados, assim como o é a fumaça de enxofre e o pó que são arremessadas para o alto quando um vulcão se predispõe a entrar em erupção. E a pressão que se acumula internamente, no entanto, a que causa os maiores estragos.No caso de um vulcão a explosão pode abrir uma brecha ou destruir sua estrutura rochosa. No homem, somatizando, pode causar um acidente vascular, um câncer ou qualquer outra enfermidade grave.São incontáveis as enfermidades que vitimam a humanidade devido aos desarranjos psicossomáticos causados pela intolerância, a não aceitação dos opostos ou aos vícios que são assumidos a guisa de fuga diante das ocorrências que o homem, “corrompido” pelo bem estar que conseguiu para si mesmo, não tem mais força para enfrentar. Elas afloram porque o homem, ao perder a modéstia e a humildade (o segredo do sábio), tornou-se abusivamente arrogante e exigente demais. Por um lado, em sua audácia, afronta tudo e todos, mas se sobrepujado (na amalgama da vida há sempre mais insucessos do que vitórias), não sabe coexistir com a derrota. Chegou-se ao ponto que peita até Deus: inicialmente o exalta tentando suborná-lo, mas quando acontece o inevitável, culpando-o pelo acontecido, blasfema, impreca, chegando a se tornar ateu ou a se filiar a outras religiões para se vingar.Com a perda da humildade floresceu a impaciência, o lufa-lufa, a afobação, o querer já aqui e agora, e como essa irracionalidade insana é a antítese do equilíbrio emocional, com a perda dessa sobrevém o stress, e com ele prosperam, de certa forma sem controle, dezenas e dezenas de enfermidades.A característica que se estende em todos os casos, e que ninguém, por mais estressado que esteja, mesmo admitindo sentir dores, ter o pavio cada vez mais curto, não fazer a digestão, não conseguir dormir ou fazer sexo, não mais se relacionar com a família etc.etc., admite que sofre de stress.É fato, ninguém sofre de stress conscientemente. Só inconscientemente (a não ser aqueles que, por estarem esgotados por outras razões, se acreditam estressados), o que nos leva à psique de cada indivíduo e ao grau de aperfeiçoamento que em cada um deles ela alcançou.A psique, de acordo com os dicionários, é o inconsciente, a alma ou o espírito. O espaço para onde os traumas emocionais se transferem depois que as pessoas acreditam que conseguiram processá-los ao nível do seu consciente.Sigmund Freud, dizia que no inconsciente do homem se encontram os conteúdos psíquicos (desejos, impulsos, medos etc.) que a consciência escondeu de si mesma por não conseguir aceitá-los. O que o homem acredita que esqueceu (afastando dessa forma o sofrimento que lhe é inerente), mas que, por ter sido removido para o inconsciente, lá permanece até que, assumindo as mais variadas formas patológicas, quando o sistema defensivo da consciência não mais possui condições de realizar sua tarefa, emerge novamente.O trabalho da psicanálise, afirmava Freud, consiste em trazer à luz (lembrar) o que as pessoas desejaram esquecer, e fazer reviver as experiências traumáticas que estão na origem do sofrimento psíquico. Ele afirmava ainda: Aquilo que o homem pensa e diz de si mesmo através da reflexão racional, jamais é verdadeiro, porque é impossível que ele se de conta dos conteúdos psíquicos profundos, mesmo porque, ainda que alguns deles aflorem, ele os deforma para torná-los aceitáveis a si mesmo. Ocorre, desse modo, buscar a verdade através de manifestações nas quais a atividade racional é menos presente.DESEQUILÍBRIOSAs pessoas, quando não se “fortalecem mentalmente” para suportar o “peso” daquilo que não desejam, similarmente a uma estrutura que começa a ranger, dar pequenos e intermitentes estalos quando acima dela foi depositado um peso superior ao que foi projetada para suportar, começam a chiar, bufar, mesmo pelas causas mais banais: se planejavam o sol em um determinado fim de semana, porque desejavam lavar e secar o tapete da sala ou ir para a praia, e ao invés disso chove, além de ficarem profundamente apoquentadas, o desgaste é tanto que por alguns dias continuam imprecando vez que não conseguem “deglutir” o que aconteceu. E o desequilíbrio se agrava se na segunda feira faz tempo bom. Nesse caso, encontramos a dona de casa comentando com as amigas, revoltada, que o mau tempo lhe estragou o fim de semana, e que há muito tempo, todas as vezes que pensa ir á praia, chove. Enquanto o marido se deleita enunciando este descalabro entre os colegas de trabalho e a noite no bar, durante a paradinha que habitualmente faz para saborear a derradeira.Nessa “atmosfera”, como em qualquer outra produzida por eventos semelhantes, se o cachorro late, os canários cantam, ou o papagaio do vizinho fala, a tensão atinge níveis que provocam perigosas reações: chutar o cachorro, bater na gaiola com a vassoura ou gritar para o vizinho para que de jeito no papagaio porque “enche o saco”.O descontrole assim gerado não tem limite, e por não tê-lo – sem pensar nas conseqüências e no provável arrependimento posterior, os mais insignificantes desentendimentos dão origem a desenfreadas discussões, que tanto podem acontecer entre o marido e mulher, pais e filhos, no trânsito, na padaria, no supermercado ou onde estiverem. Nesse estado, as pessoas passam a exercer papéis não somente ridículos, mas incabíveis. Estes, entretanto, são somente os efeitos exteriorizados, assim como o é a fumaça de enxofre e o pó que são arremessadas para o alto quando um vulcão se predispõe a entrar em erupção. E a pressão que se acumula internamente, no entanto, a que causa os maiores estragos.No caso de um vulcão a explosão pode abrir uma brecha ou destruir sua estrutura rochosa. No homem, somatizando, pode causar um acidente vascular, um câncer ou qualquer outra enfermidade grave.São incontáveis as enfermidades que vitimam a humanidade devido aos desarranjos psicossomáticos causados pela intolerância, a não aceitação dos opostos ou aos vícios que são assumidos a guisa de fuga diante das ocorrências que o homem, “corrompido” pelo bem estar que conseguiu para si mesmo, não tem mais força para enfrentar. Elas afloram porque o homem, ao perder a modéstia e a humildade (o segredo do sábio), tornou-se abusivamente arrogante e exigente demais. Por um lado, em sua audácia, afronta tudo e todos, mas se sobrepujado (na amalgama da vida há sempre mais insucessos do que vitórias), não sabe coexistir com a derrota. Chegou-se ao ponto que peita até Deus: inicialmente o exalta tentando suborná-lo, mas quando acontece o inevitável, culpando-o pelo acontecido, blasfema, impreca, chegando a se tornar ateu ou a se filiar a outras religiões para se vingar.Com a perda da humildade floresceu a impaciência, o lufa-lufa, a afobação, o querer já aqui e agora, e como essa irracionalidade insana é a antítese do equilíbrio emocional, com a perda dessa sobrevém o stress, e com ele prosperam, de certa forma sem controle, dezenas e dezenas de enfermidades.CASO DA MARIAMaria, uma senhora de aproximadamente 40 anos que se queixava de dores de cabeça e de uma espécie de entorpecimento seguido de tonturas durante as quais pouco ou nada lembrava - além de fortes dores na coluna, mesmo depois de ter sido internada e tratada algumas vezes por causa destes distúrbios.Abandonada pelo marido, com um filho no exterior, um viciado e o outro com problemas de relacionamento, após se tornar depressiva, não só engordara desproporcionalmente, mas desenvolvera a tendência de afogar suas magoas no álcool.Havia dois novos fatores, entretanto, e estes surgiram contemporaneamente: O filho que trabalhava no Japão, após lhe dizer que estava fazendo as malas para voltar, mudou de idéia e renovou o contrato de trabalho por mais dois anos, e ela, que há mais de quinze anos trabalhava em uma grande empresa, ao perceber que esta iniciara um processo de terceirização, passara a temer ser demitida.No dia seguinte, após chegar em casa, uma repentina e intensa dor no lado superior direito da cabeça a deixou tonta, e segundos depois, ao se refazer, não reconheceu onde estava. Minutos depois, recuperada, foi ao hospital e lá foi retida para ser internada.Por continuar extremamente tensa, os vasos sanguíneos de uma região cervical, estreitando-se, dificultavam o fluxo sangüíneo, e esta ocorrencia provocava a dor de cabeça, a sensação de esquecimento e dormência.Em relação às dores da coluna, eram provocadas por duas causas diferentes: um deslocamento das vértebras lombares devido ao peso corporal e má postura, e na região dos ombros por causa da tensão causada pelo cenário mental que criara. Sem dúvidas conseqüências do stress.Minutos depois, curada e em paz consigo mesma, após uma explanação a respeito de como evitá-lo, lhe perguntamos se havíamos sido suficientemente claros. Sim, contrapôs, e lhe agradeço. Só não entendi o que isso tem a ver comigo. Sei que estou atravessando uma fase difícil, ela me atrapalha um pouco, mas não chega a me estressar!O stress, até alguns anos atrás só privilegiava os adultos, todavia, mais recentemente, ampliou seu leque e passou a envolver as crianças. O alarme partiu da Sociedade Americana de Hipertensão – a partir de agora, os médicos pediatras devem medir a pressão arterial dos pacientes com mais de quatro anos de idade.As novas diretrizes foram divulgadas num encontro recente de especialistas em Nova York e serão publicadas na edição de julho da revista científica “Pediatric”. O zelo se explica. Nos últimos dez anos, detectou-se um aumento significativo dos níveis de pressão arterial em crianças e jovens. E esse é um caminho para o desenvolvimento da hipertensão, um dos principais fatores de risco para o coração, ao lado do colesterol alto e do diabete.Pesquisas mostram que 80% das crianças com níveis de pressão acima do desejável, ou seja, a partir de 12x8, tem grande probabilidade de se tornarem adultos hipertensos. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a hipertensão infantil era rara. Hoje já se sabe que ela é bastante comum, diz o cardiologista Flávio Cure, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Por trás do aumento dos níveis de pressão arterial nas crianças, estão o excesso de peso e o sedentarismo. Nos Estados Unidos, a porcentagem de meninas e meninos gordinhos, entre seis e onze anos, triplicou desde os anos 60. Uma em cada sete crianças é obesa, ou seja, está no mínimo 25% acima do seu peso ideal. No Brasil, estima-se que esse números seja o mesmo – as mães brasileiras adoram entupir seus filhos de farináceos e açúcar, na crença de que a gordura é sinônimo de saúde. Para estes casos, não há estratégia melhor do que orientar os pais a incentivar mudanças na alimentação e nos hábitos do dia a dia dos seus filhos. No entanto, em 5% a 10% das ocorrências, a hipertensão é sintoma de algum distúrbio, como alterações hormonais ou doenças cardíacas e renais congênitas. A saída são os tratamentos medicamentosos.Desde que a Food and Drug Administration, agência de controle de venda de alimentos e remédios nos Estados Unidos, autorizou estudos clínicos com crianças, os médicos estão mais seguros em prescrever remédios anti-hipertensivos para elas.As novas recomendações americanas, que certamente serão seguidas pelos pediatras brasileiros, só foram possíveis graça a um estudo de quase vinte anos, que acompanhou milhares de crianças de 1977 a 1996. Com base nos dados, os pesquisadores puderam definir a pressão ideal por idade, sexo e faixa etária. De maneira geral, meninos e meninas devem ter uma media de 11X7. Cerca de 20% das crianças que moram nos grandes centros urbanos, no entanto, apresentam uma pressão arterial de 12X8 para cima. Esse número se refere aos Estados Unidos, mas os especialistas acreditam que por aqui não seja muito diferente.

(10) IAN STEVENSON E A PRÉ-EXISTÊNCIA DA ALMA

Ian Stevenson foi um psicólogo de fama internacional que, após dedicar 40 anos da sua vida pesquisando a hipótese da sobrevivência da personalidade humana após a morte, analisando um universo composto de crianças que conservavam lembranças precisas de uma existência anterior, entre os mais de 2.000 casos que estudou, selecionou vinte que incontestavelmente comprovam a reencarnação.Sendo psiquiatra, buscava compreender a causa de certos medos e fobias infantis, talentos inatos e inusitados em determinadas famílias, além de antipatias e simpatias que às vezes as crianças demonstram desde a mais tenra idade.Estudando estes aspectos, Stevenson também se deu conta que certas crianças, além de apresentar fobias ou atitudes particulares, lembravam de fatos e situações não vividas na existência em curso e que, além disso, lembravam de mortes que explicavam e justificavam seus medos, fobias e sinais que possuíam em seus corpos.Stevenson, de credo protestante, começou a se interessar pela reencarnação pouco a pouco, na medida em que se convencia que, se verdadeira, poderia oferecer explicações plausíveis a situações aparentemente enigmáticas. Por fim, quando se convenceu desta possibilidade, começou a girar o mundo em busca de pequenos cujas lembranças pudessem ser reveladoras com o auxílio de colaboradores que lhe apontavam os casos.Durante sua longa carreira, estudou e documentou mais de dois mil casos de crianças que declaravam ter vivido precedentemente, e cada um deles foi acompanhado por muitos anos porque, mesmo se a tendência era a de referir com precisão os fatos acontecidos na vida anterior, era imperativo comprová-los.Assim sendo, em suas pesquisas, Stevenson falava com as crianças, interrogava os familiares, os parentes e os vizinhos. Analisava as lembranças e as confrontava com as situações reais, viajando para os locais que os pequenos diziam lembrar e agendava entrevistas com as pessoas que diziam haver conhecido em vidas anteriores. Resultado, verificou que existiam crianças de poucos anos que distinguiam com exatidão pessoas que não conheciam, as chamavam pelo nome, discutiam com elas situações passadas, se moviam com desenvoltura em casas ou cidades que jamais tinham visitado ou, vez ou outra, falavam línguas que não haviam aprendido e que seus próprios genitores não conheciam.A este respeito o Professor Ian Stevenson escreveu muito, mas seu livro mais importante, um clássico da matéria foi “Reencarnação, vinte casos que a sustentam”. Entre estas, o caso de Gopal Guptal.Gopal nascera na Índia em 1956 no seio de uma família burguês, e, logo que conseguiu articular as primeiras palavras, se rebelou diante de uma ordem de seu pai, declarando-lhe, para justificar sua atitude que era um Sharma, um membro da casta dos Bramis, portanto, habituado a comandar porque sempre tivera sob suas ordens muitos empregados. Depois deste evento, o menino começou a contar com riqueza de detalhes sua vida precedente na qualidade de Bramei. Entre estes, que havia nascido em Mathura - uma cidade distante 160Km.de Nova Delhi, de ter sido dirigente de uma companhia farmacêutica chamada Suck Shancharak e de ter habitado em uma grande casa com esposa e dois filhos. Mas o particular mais traumático fora sua morte, por ter sido assassinado por seu irmão devido a uma questão de interesses.O que o filho dizia, jamais despertara interesse nos pais, claro, porque ninguém leva em conta as “fantasias” de uma criança...Até o dia em que seu pai, em 1964, casualmente, ao estar na cidade de Mathura, se encontrou diante da Suck Shancharak, a companhia farmacêutica citada por seu filho que jamais estivera naquela cidade. Curioso, pediu para falar com seu diretor e, surpreso, ouviu deste que anos antes um dos proprietários havia atirado em seu irmão, matando-o. O nome dele era Shaktipal Sharma.Em seguida, os cônjuges Guptal e seu filho foram visitar os Sharma, ocasião na qual Gopal reconheceu, além dos locais da casa, numerosos membros da família, revelando, inclusive, particularidades desconcertantes atinentes aos interesses econômicos da Suck Shancharak e da própria morte, particularidades que somente o verdadeiro Shaktipal Sharma podia conhecer.Stevenson seguiu atentamente o caso Gopal de 1969 até 1974, registrando, nesta época, que Gopal, agora inserido no contesto econômico da família, já não sofria demasiadamente de esnobismo, o vicio que herdara de sua vida anterior.Mas suas pesquisas a respeito da reencarnação foram, além disso, porque em seu livro “Sinais de Nascimento”, esclarece que certas crianças nascem tendo em seu corpo sinais inexplicáveis, cicatrizes de ferimentos nunca tidos ou anomalias físicas cuja origem os médicos não conseguem descobrir. Entretanto, em seguida ao momento em que começam a falar, antes ou depois começam a discorrer a respeito das mortes violentas que sofreram e dos ferimentos que as causaram. Estes, então, sempre justificavam as cicatrizes que ostentam.Este livro, disse Stevenson, foi escrito para satisfazer os leitores que desejam conhecer meu trabalho sem entrar demasiadamente em detalhes. Assim, descreve os fatos de forma simples e demonstra através de fotografias muitas crianças que nasceram tendo em seu corpo sinais inexplicáveis.Um exemplo é o caso de Jacinta Agbo, uma menina nigeriana que, quando nasceu em 1980, apresentava uma longa cicatriz na nuca. Mais tarde, quando começou a falar, Jacinta descreveu uma situação que explicava o vestígio: reportou-se a um homem chamado Nsude que no decorrer de uma briga havia sido ferido na cabeça. Levado ao hospital de Enugu, foi submetido a uma cirurgia que lhe abriu uma longa incisão na nuca. Mesmo assim, o homem morrera. Este acontecimento efetivamente ocorreu em 1970 porque Stevenson teve como prová-lo através da documentação do hospital.Um outro caso, documentado por eloqüentes fotografias, é o de Ma Htwe Win, uma menina nascida em Burma em 1973. Quando sua mãe estava grávida, sonhou que um homem, arrastando-se com os joelhos, a seguia, e seguindo-a, chegava cada vez mais perto. Quando a criança nasceu tinha sinais e anomalias, particularmente anéis de constrição nas pernas, sobretudo na esquerda.Mais uma vez, depois que começou a falar, citou a morte de um homem chamado Nga Than, que, após ter sido brutalmente assassinado pela esposa e seu amante, havia sido amarrado com cordas para melhor ocultar o cadáver. Como o corpo fora encontrado e o homicídio desvendado, Stevenson verificou que os sinais da menina correspondiam exatamente às ligaduras traumáticas daquele infeliz.Outro caso é o de Semith Tutusmus, um menino turco que nascera com uma grande deformação na orelha direita. Ele também lembrava a morte violenta de uma personalidade precedente causada por tiros de arma de fogo que, entre outras coisas, lhe haviam esmigalhado a orelha.Entre os demais casos, interessante é o das irmãs gêmeas Gillian e Genifer Pollock porque, dois anos após ter nascido (nasceram em 1958), começaram a dizer que lembravam de uma vida precedente, também como gêmeas e na mesma família.Em verdade o casal Pollock havia tido outras gêmeas, que receberam os nomes de Joana e Jaqueline filhas que um ano antes do nascimento de Gillian e Genifer haviam falecido haviam perdido duas filhas, também gêmeas, chamadas, vitimadas que haviam sido em um acidente em uma estrada. O que deu credibilidade a este caso foi que o corpo de Jennifer tinha dois sinais que correspondiam, em sua forma e posição, a cicatrizes reais que uma das filhas mortas possuía. Além disso, seja Gillian como Genifer, conheciam particularidades da casa e da conduta das irmãs mortas precedentemente, que na vida atual não poderiam ter sido conhecidas.A este caso, como em outros, o professor Stevenson dedicou mais de vinte anos, só abandonando-o quando Gillian e Genifer, quase adultas, se haviam esquecido das reminiscências que as ligavam a sua vida anterior.Naturalmente, não todas as crianças possuem sinais em seus corpos ou reminiscências de vida anteriores, contudo, são muito mais numerosas do que geralmente se imagina. Muitas delas, mesmo não lembrando da vida anterior, possuem talentos e habilidades precoces que tanto podem se manifestar em suas brincadeiras, no convívio com amigos ou familiares ou na escola sem que haja, em sua estreita experiência de vida atual, justificativa para isso. Entretanto, bastaria prestar mais atenção a eles e aprender a ouvi-los.Como explicar estes fatos, simples: todas as experiências passadas continuam existindo em nosso inconsciente, uma vez que é neste que são arquivadas, ao nível da alma ou espírito que permanecemos sendo. Desta forma, ao reencarnar, enquanto em alguns o inconsciente é um espaço que se mantém estanque, em outros existem vazamentos.Por outro lado, ao reencarnar (levando em conta que pela lei de causas e efeitos quando alguém morre por causa violenta renasce quase que imediatamente), em determinados casos o espírito transfere ao corpo que está sendo gerado no ventre materno, as marcas da violência que lhe causaram a morte na vida anterior.Porque... Porque é a “força mental” de quem está reencarnando que determina as características do corpo físico que está em desenvolve no útero daquela que escolheu como mão. Nada de herança genética!Mas há muitas outras pesquisas a este respeito, e entre estas, a do rabino Yonassan Gershom de Bekerley, na Califórnia.Seu livro, “Beyond the Ashes” (além das cinzas), publicado nos Estados Unidos em 1993, é o resultado de uma pesquisa que se alongou por dez anos sobre a possível reencarnação dos que pereceram no holocausto nazista, uma seria muito particular de eventos que induziram o autor a hipotecar que um número considerável de vitimas da fúria nazista reencarnou em tempos breves, seja no ambiente judaico ou fora dele.Este rabino declara desde o inicio que o seu não é um estudo cientifico, mas um resumo de estórias pessoais a ele relatadas de pessoas que acreditavam que haviam morrido naquela oportunidade e reencarnado.Afirma, além disso, que pessoalmente passou a crer na reencarnação, e que foi isso que levou estas pessoas a se abrirem com ele.A fé na reencarnação, explica, é presente nas crenças de certas correntes místicas hebraicas e é defendida por estudiosos como Gershom Scholem. Este livro, explica o rabi, em sua introdução, convida as pessoas que “possuem lembranças” do holocausto a trabalhar para a cura do Karma pessoal, além de, fornecendo a parapsicólogos e pesquisadores hebraicos o contesto teológico e culturas destes casos, contribuir para a formação de uma nova opinião pública acerca da reencarnação.Yonassan reuniu mais de 250 casos de pessoas que acreditam terem reencarnado após o holocausto. Destas, mais de dois terços não pertencem à religião hebraica e no seu todo provinham de 17 diferentes Estados entre os quais a Nova Zelândia, Israel, França, Alemanha e Canadá.O primeiro encontro deu-se casualmente: Uma moça, que fazia parte de um grupo fechado que lia e discutia a Kabbalah e as tradições hebraicas, do qual participava o rabi Gershom, lhe confidenciou que tinha razões para crer que havia sido uma das vítimas do holocausto, porque desde seus primeiros anos de vida lhe era impossível ouvir qualquer comentário a respeito dos campos de concentração e tinha “flash” que lhe mostravam cenas macabras que os nazistas patrocinavam naqueles locais. Estes fatos lhe incutiam a idéia de lá ter estado em sua vida anterior.Havia mais. Na mente da moça ecoava um hino que, mesmo se não conhecia podia repetir. Era “Ani Maamin” (eu creio), o hino que era entoado pelos judeus quando eram levados para as câmaras de gás.Depois disso, pesquisando, Gershom encontrou centenas de pessoas que de uma forma ou de outras possuíam lembranças do holocausto e que por esta razão estavam convencidas que haviam reencarnado.A ocasião para os primeiros contatos se deu através de congressos e seminários, e em seguida, quando o interesse do rabi por estes casos se difundiu, foram muitos os que o procuraram para pedir esclarecimentos. Estes haviam chegado as suas conclusões através de sonhos, visões, intuições, regressões e psicografias. Falar de suas experiências, se abrir e discutir abertamente a respeito destes casos representou para todos, escreve Gershom, um enorme alivio e em alguns casos o fim de pesadelos angustiantes.No inicio o rabi guardou o material para si, mas, quando os casos cresceram, sentiu que chegara o momento de dividir estes conhecimentos. Foi assim que em 1987 escreveu para a revista “Venture Inward” um artigo com o titulo “Are Holocaust Victims Returning” (As Vitimas do Holocausto estão retornando) que teve enorme repercussão no mundo inteiro: Longas telefonadas, cartas e encontros pessoais. O resultado de tudo isso foi à elaboração do seu livro “beyond the ashes”.O fato de ser rabino, explica Gershom, dava confiança às pessoas, porque a maior parte, não somente desconhecia que o judaísmo aceitasse a idéia da reencarnação, mas acreditava que falar a este respeito era ofensivo no meio religioso hebraico.Há um caso, que por rico em detalhes, é reportado por inteiro. É o de uma moça mãe de 34 anos chamada Beverly que o rabino e sua esposa conheceram graças a suas atividades sociais e com a qual fizeram amizade.O pai de Beverly não era judeu, mas a mãe sim, mesmo se poucos o sabiam. Por esta razão de inicio não o dissera á filha. Só quando atingiu a idade adulta. Por conseguinte, as duas desconheciam os rituais e as crenças hebraicas. Gershom explica que a razão disso era que nos EUA, antes de ser aprovada a Lei a respeito dos direitos civis de 1964 (Civil right Act), muitas das restrições sofridas pelas pessoas de cor também e eram pelos judeus. Ser judeu, então, significava costumeiramente ter problemas com a casa, trabalho, admissão na escola e na universidade. Por esta razão, os pais de Beverly, que nascera em 1950, julgaram preferível não lhe dar conhecimento de sua origem hebraica. Entretanto, quando o soube, se aplicou para conhecer as tradições judias, mesmo porque, até aquele momento, sentia-se frustrada devido ao fato que seus pais não praticavam nenhuma religião.Devido à amizade com os Gershom, um sábado a tarde, na casa deles, contou que desde criança era perseguida por um sonho. Neste, ela se via como um menino de sete ou oito anos que com sua mãe estava em uma fila com muitas outras pessoas. Depois, passando diante de uma mesa, o homem, sentado nela, dizia para alguns ir para a direita e a outros para a esquerda. Em seguida, sempre se encontrava em um lugar horrível e fétido, no qual havia homens que empurravam as pessoas em uma fogueira onde ele também foi jogado. No sonho, depois de lutar para sair dela, se via morrer.Quando se fala em holocausto, nem todos sabem que muitos judeus foram queimados vivos nos primeiros tempos do terror nazista, que se alongou de 1933 a 1945. Além disso, sublinha o rabino, o sonho de Beverly contém detalhes historicamente corretos, como o do oficial nazista que sentado diante de sua mesa indicava a direção a seguir. Quem sobreviveu ao holocausto, recorda muito bem do oficial daquela mesa, porque indo a direita significava viver e a esquerda morrer.Desde criança, Beverly, alem dos sonhos, instintivamente vez ou outra adotava atitudes tipicamente judaicas como espargir sal no pão (é feito nas mesas dos hebreus aos sábados), e quando brincava em casa envolvia seu braço com uma fita (o tefillin que os homens judeus envolvem em seu braço quando oram).Para Beverly, a “porta” que se abriu após ter discutido seu sonho com o rabino, e ter tido acesso aos fatos vividos na sua vida anterior, não é mensurável, porque depois disso ela se sentiu uma outra pessoa, isto é, sem as fobias que antes a acompanhavam.Outra moça, Joan, crescida em uma fazenda do Midwest, tinha um incompreensível terror do arame farpado, e não havia nada, em sua vida, que justificasse esta fobia. Quer dizer, jamais havia sido ferida, mesmo minimamente, com este arame, mesmo se na fazenda era utilizado para delimitar a área onde os bovinos pastavam.Entretanto, todas as vezes que seu pai trazia um destes rolos, e ela o via, era tomado por um indizível terror. Até que, tendo um sonho, se lembrou que já o havia tido inúmeras vezes. No sonho se via morrendo em um campo de concentração. Joan, racionalmente, associou seus sonhos á realidade vivida em sua vida passada e depois disso, conviver com o arame farpado na fazendo foi muito melhor. O arame farpado continuava a não ser do gosto dela, mas movimentava-se pela fazendo sem sofrer ataques de pânico.Outras pessoas temem a policia, uniformes, ou sons de sirene. E já foi comprovado que certos sintomas físicos, por exemplo, ataques de asma e outros problemas respiratórios, tiveram inicio no momento em que, da forma que fosse, emergiam memórias relacionadas ao holocausto.Em dois casos relacionados por Beverly, o ataque de asma se manifestou pela primeira vez, com violência, assistindo a rituais hebraicos, como se somente lembrando de ser judeu provocasse uma improvisa incapacidade de respirar. Um caso é o de Mary, nascida em uma família de origem italiana. Mary, de dia era uma criança feliz e sorridente, de noite, porém, gritava aterrorizada sem motivo aparente. Mais tarde, com mais entendimento, descreveu a angustia que sentia ao sonhar que estava em um local que estava sendo bombardeado. Em verdade, mesmo se os pais jamais haviam levado em conta, desde a primeira infância quando ouvia o som de uma sirene ficava aterrorizada.Posteriormente, quando começou a ir para a escola, após a saída uma “fantasia” a fazia voltar correndo para casa: queria ter a certeza que sua mãe continuava viva. Um dia, durante sua volta, ao ouvir soar uma sirene, tomada de terror, parou um carro que transitava pedindo à senhora que o dirigia que se abrigasse porque o bombardeio estava para começar.Esta senhora, depois de acalmá-la, a levou para casa.Crescendo, Mary desenvolveu outra fobia, a de morrer de fome, mesmo se jamais havia sofrido esta experiência por ser de família abastada. Aos 24 anos, durante uma viagem que realizou com uma amiga foi para a Alemanha, e na estação de Heidelberg, tomando o trem,Quando as portas se fecharam, Mary perdeu o fôlego e em seguida, extremamente amedrontada, começou a gritar..Já estive aqui, já estive aqui. Provavelmente, escreveu o rabi Beverly, as portas ao fechar provocaram o “flashback” da vida passada, isto é, quando as portas daqueles vagões repletos de judeus se fecharam para serem conduzidos aos campos de concentração.Algum tempo depois, ao conhecer o rabi e discutir com ele a respeito do seu caso. Mary demonstrou conhecer trechos inteiros do livro de Jeremias a respeito do “exílio babilionense” (quando o Rei Nabucodonosor, após destruir o reino de Judá e sua capital Jerusalém, levou a maioria dos judeus para a Babilônia). Além disso, sem o saber, conhecia o “tikkun chatzot”, que é uma prece hebraica em desuso na Europa pré-holocausto. Mary, no entanto era católica, e sua família se havia transferido para os Estados Unidos há gerações.Os muitos casos reportados por Gershom e Stevenson, somando-lhe as centenas de outros averiguados por outros pesquisadores, antes ou depois forçarão a ciência à por seus olhos sobre o que não deseja ver, uma vez que é seu paradigma que mantém operacional uma “estrutura” cuja lucratividade é similar ao do petróleo.Entretanto, estudos e reflexões a respeito, se continuarem a serem levados adiante como hoje é feito, levarão um número cada vez maior de enfermos, através de terapias como a regressão e outras, a se libertarem do jugo representado pelo stress depressivo incurável devido ao fato que suas raízes estão fincadas em vidas passadas....Mesmo se a ciência médica, por persistir “construindo” sobre os fundamentos de seu paradigma, afirma que estas “lembranças” também são herdadas através dos genes. Neste caso, dos neurônios.Sim, não está longe o dia em que estes senhores chegarão ao consenso de que à herança genética, no que diz respeito à transmissão de enfermidades, não é tão significativo como pensam, porque quando “a consciência” ou “corpo mental” reencarna, é ela que, ao projetar seu esqueleto celular no corpo que se desenvolve no útero materno, além de lhe presidir as características físicas, lhe cunha em seu cerne, quando é o caso, a moléstia pela qual deverá desencarnar.